Redes de Proteção

Bem…não me pergunte porquê, mas sempre tive dentro de mim que quando  compartilhava meus sonhos –  quando criança, desde renovar a roupa de minha boneca de pano, feita pela Vó Santa – até já como jovem adulta, indo de Volta Redonda para Sampa – sentia-me muito mais forte em meus propósitos quando dividia-os com amigas mais próximas. Por mais “insanos” que eles pudessem parecer. E algo vem ocorrendo mais intensamente após os 35/40 anos…essa certeza na força do “compartilhar” é tão grande, que parece que posso pegá-la!

Nossa contagem regressiva à Oxitocinas 2018 – tanto aqui na Suíça como em Liechtenstein está a todo vapor. O que também está a mil é minha porção madura e criativa e na mesma intensidade, a criança inocente e muitas vezes amedrontada. Contradição completa, certo?!

Deixa eu te explicar melhor: Quando fomos checar os detalhes técnicos do local que iremos te receber ( se você estiver por aqui na Suíça) e mais as 249 convidadas da Oxitocinas 2018, olhei aquele grande salão e preciso confessar que por alguns segundos, a única coisa que me vinha em mente era “que loucura…as mulheres brasileiras por aqui estão numa rotina mais caseira…pra quê tudo isso? Só que imediatamente nos milésimos de segundos seguintes uma voz muito mais forte parece que falava diretamente ao meu coração…e até sentia um sorriso cheio de compaixão em relação ao meu primeiro pensamento. Essa voz sábia, serena e acolhedora me dizia: Você não está só…Você tem Viviane, Natascha, Ana, Ana Paula, Jana, Virgínia,  Diane, Ju, Liza, Dani, Jussara, Marias … e as imagens de cada Mulher, próximas e mais distantes que também acreditam nessa comunidade que estamos criando, acalmaram-me fortemente. Recordei meus próprios desafios em fases diferentes da vida e como o encontrar uma “tribo” foi ( e é ) importante.

A ansiedade foi transformando-se num gostoso e excitante “frio na barriga”, principalmente quando já visualizava sorrisos e abraços entre todas ali presentes. Assim íamos tecendo nossa teia, conectando-nos e alimentando nossas almas.

Fica aqui minha pergunta para você. Como anda sua “rede de proteção” ? Quem são suas amigas mais próximas? Elas são do tipo “deixa disso… pra quê inventar moda” ou dizem “porquê não ?” Esses dois posicionamentos fazem uma diferença absurda em como nos sentimos em relação a nós mesmas e em relação ao mundo.

Se são do tipo “deixa disso…pra quê inventar moda”. Tudo bem. Mande-lhes um grande sorriso e siga o caminho de seus sonhos um pouco mais distante. Esse é o momento delas. Para aquelas ao seu lado, que mesmo sem entende-los ( sonhos), dizem “Porquê Não?” Escute-as. Esteja aberta a possíveis críticas construtivas e carinhosas que virão e aprimore-se. Siga seu caminho em busca da excelência. Agradeça-as com seu sorriso mais festivo e mantenha-se por perto.

Como escreveu a pesquisadora americana, Brené Brown em seu livro “ A Coragem de Ser Imperfeito”: “Estamos aqui para criar vínculos com as pessoas. Fomos concebidos para nos conectar uns com os outros. Esse contato é o que dá propósito e sentido à vida, e, se sem ele, sofremos”. E quando criamos vínculos apoiadores e menos julgadores, crescemos e auxiliamos também o crescimento de outros ao nosso redor.

É nesse partilhar que vamos tecendo nossa “Rede de Proteção” emocional que nos libera para viver plenamente e abraçar à vida com todas nossas forças mais íntimas. Vamos juntas tecer nossa “Rede de Proteção” na Oxitocinas 2018.

Te espero em Vevey – dia 8 de Junho e/ou dia 16 de Junho em Liechtenstein.

Faça Agora sua Inscrição!

Um grande beijo e até daqui a pouco!